quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Jesus, o Profeta


           No Antigo Testamento, o profeta revelava Deus proferindo a Palavra de Deus. O profeta era corajoso e estava disposto a enfrentar uma nação inteira, se necessário, para confrontar o pecado, ordenar o arrependimento e clamar a verdade de Deus. Depois disso, o profeta recebia fortes reações de pessoas que o amavam ou odiavam. Isso porque as palavras do profeta traziam os arrependidos ao quebrantamento e os não-arrependidos à dureza de coração. Como os puritanos costumavam dizer: "O mesmo sol que derrete o gelo, endurece a lama". 

Moisés foi o maior e mais perfeito exemplo de profeta do Antigo Testamento. Ele prometeu que um dia um profeta maior do que ele viria como o cumprimento do ministério profético (Dt. 18:15-18). A profecia de Moisés foi cumprida quando Jesus, o profeta, chegou, como havia sido prometido (At. 3:22-24).
O profeta está inextricavelmente associado à Palavra de Deus porque o seu ministério era proclamar a Palavra de Deus. Jesus, o profeta, é superior até mesmo aos grandes profetas do Antigo Testamento. Por ser Deus, diferentemente dos profetas, que falavam pela autoridade de Deus, Jesus falava por sua própria autoridade, como a fonte, o centro e soma da verdade. Como resultado, em vez de apelar para a autoridade de Deus, Jesus simplesmente dizia: "Eu vos digo... (Mt. 5:22).
          A superioridade de Jesus aos profetas do Antigo Testamento também se estende ao seu relacionamento com a Palavra de Deus. As Escrituras revelam que Jesus não apenas proclamou a Palavra de Deus escrita, mas Ele era literalmente a Palavra viva de Deus encarnada (Jo. 1:1-14). A Palavra de Deus escrita, a Escritura, existe para revelar a Palavra de Deus encarnada, o Senhor Jesus Cristo.
Ademais, como profeta, Jesus veio pregar e é o maior pregador que já veio ou virá ao mundo. O próprio Jesus disse que uma das razões pelas quais Ele veio à terra era pregar (Mc. 1:36-42). Como profeta, Jesus deve ser entendido como o pregador que fala a verdade e corajosamente confronta e ataca o nosso pecado, a nossa tolice e rebeldia, repreendendo-nos e ordenando que nos arrependamos.
          Para alguns, o papel de Jesus como profeta pode ser mal interpretado. Por exemplo: "Certa vez, em uma igreja, um pastor teve uma conversa interessante com um novo cristão. Ele tinha começado a ler a Bíblia, e quando lhe foi perguntado como estava indo com a leitura, disse, desesperadamente, que não estava funcionando. Sem entender o que quis dizer, o pastor pediu para que se explicasse. Ele disse que estava lendo a Bíblia, mas quanto mais lia, mais deprimido ficava; quanto mais lia, mais percebia o pecado que havia em sua vida. Foi-lhe explicado que Jesus continua sendo profeta hoje e que estava falando com ele por meio das Escrituras, apontando-lhe o pecado em sua vida. Em vez de se sentir deprimido, ele estava experimentando uma convicção, a qual, acompanhada por arrependimento, levaria à alegria. Conversado mais um pouco, a expressão de seu rosto transformou-se quando compreendeu o amoroso papel de Jesus como profeta em sua vida. Jesus estava colocando o dedo no peito dele, olhando em seus olhos, apontando seu pecado e dizendo-lhe que fosse e não pecasse mais.

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